sexta-feira, 13 de abril de 2018

METODOLOGIA DO PROJETO

O projeto de Pesquisa aprovado pelo CNPq (Universal 2016), intitulado ¨Das territorialidades tradicionais à territorialização da agroecologia: saberes, práticas e políticas de natureza em três comunidades rurais paranaense¨, bem como o projeto de Extensão aprovado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná (edital Universidade Sem Fronteiras, 2016), intitulado  ¨Selo Socioambiental Produtos da Agrofloresta Faxinalense: Capacitação sociotécnica e empoderamento jurídico para a inclusão social e geração de renda em comunidades rurais faxinalenses do Paraná¨, têm como objetivo geral avaliar em que medida a proposta agroecológica de desenvolvimento local pode viabilizar as territorialidades tradicionais (os modos de viver e habitar de uma dada coletividade no território) de três comunidades rurais do Paraná, a saber: o Faxinal Sete Saltos de Baixo (município de Ponta Grossa), a comunidade remanescente de quilombolas do Palmital dos Pretos (município de Campo Largo) e a Comunidade de pescadores artesanais do Guaraguaçu (município de Pontal do Paraná).

Em termos de extensão, o projeto apresenta como finalidades:

  1. Caracterização da identidade socioterritorial no que tange às formas de  adoção  e/ou adaptação ao Modelo Alternativo de Produção Agroflorestal;
  2. A criação de uma Marca de Origem geográfico-cultural de Produtos Tradicionais de Base Ecológica;
  3.  A viabilização de Circuitos Alternativos de Comercialização e de geração de renda;

Tratando-se de um processo de adoção e desenvolvimento de tecnologias sociais, a idealização do projeto destacou como factual a configuração de um complexo problema de pesquisa, configurado de variáveis de seguintes ordens:

  • ecossistêmica (as vocações produtivas e as capacidades de regeneração dos ecossistemas),;
  • sociocultural (valores substantivos e imaginários a partir dos quais reafirmam-se as práticas de solidariedade comunitária e regimes de propriedade da terra);
  • econômica (formas de exploração dos recursos, organização do trabalho e repartição do seus produtos);
  • política (a territorialização de políticas institucionalizadas de ciência, assistência e extensão rural, bem como das dinâmicas globais do capital.

Assim, das múltiplas variáveis em jogo no processo de adoção de modelos alternativos de produção e comercialização, emergirão, em última análise, (re)arranjos socioterritoriais com repercussões em nível de representações, conhecimentos e práticas de agrobiodiversidade e reprodutibilidade socioecológica.

Nesses termos, aparece como imprescindível a constituição de uma equipe interdisciplinar, capaz de dialogar e atuar em nível de rede com outros atores do território, envolvidos no projeto de desenvolvimento local, e que seja virtualmente capaz de dar concretude às seguintes ações:

a. elaboração de modelos explicativos da territorialidade tradicional e dos problemas socioambientais em nível regional;

b. elaboração de cursos e oficinas de capacitação sociotécnica em agroecologia, que inclui o empoderamento jurídico e alternativas de comercialização, em conformidade com as territorialidades doravante caracterizadas; possibilitando; 

c. a identificação dos aspectos (dimensões) mais relevantes e decisivos para a efetivação ou não desse projeto agroecológico, isto é, dos capitais socioculturais catalizadores de práticas alternativas de produção (de base ecológica), de geração de renda (dinamização da economia territorial) e empoderamento jurídico (efetivação dos direitos socioterritoriais) dos agentes comunitários. 

Em termos concretos, tais ações deverão resultar nos seguintes em processos e produtos, sintetizados em três grandes metas, para cada item acima destacado:

i) elaboração de modelos explicativos da territorialidade tradicional e dos problemas socioambientais em nível regional;



ii) elaboração de cursos e oficinas de capacitação sociotécnica em agroecologia, que inclui o empoderamento jurídico e alternativas de comercialização, em conformidade com as territorialidades doravante caracterizadas; possibilitando; 





iii) a identificação dos aspectos (dimensões) mais relevantes e decisivos para a efetivação ou não desse projeto agroecológico, isto é, dos capitais socioculturais catalizadores de práticas alternativas de produção (de base ecológica), de geração de renda (dinamização da economia territorial) e empoderamento jurídico (efetivação dos direitos socioterritoriais) dos agentes comunitários.


Fotos da Ultima Reunião com Equipe Interdisciplinar dos Referidos Projetos, realizada no dia 23 de fevereiro de 2018, na sede do Programa de Pos-graduação em Geografia (UEPG), cidade de Ponta Grossa, Brasil. Estavam presentes representantes IAP (Dra. Margit Hauer), do Ministério Público do Paraná (Dr. Saint Clair Honorato dos Santos), IFPR Litoral (Dr. Antonio Marcio Haliski), IFPR-Campo Largo (Msc. Sandra Engelmann), do MADE-UFPR (Dr. Dimas Floriani), da CASLA (Dra. Gladys de Souza Sanchez e Jocasta) e Integrantes do Grupo Interconexões-UEPG (Dr. Nicolas Floriani, Msc. Renato Pereira, Vanderlei Marinheski, Juliano Strachulski), do Programa de Pós-Graduação em Geografia-UEPG (Dr. Almir Nabozny), as técnicas do projeto da Universidade sem Fronteiras (Msc. Ronir de Fatima Rodrigues e Tamires Benki) e  a assistente social Lorena Dantas.













Por: Dimas Floriani e Nicolas Floriani
25 de fevereiro de 2018

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