segunda-feira, 25 de março de 2019

PROJETO PROMOVE MUTIRÂO DE PLANTIO ESPÉCIES NATIVAS PARA SISTEMA AGROFLORESTAL EM COMUNIDADES TRADICIONAIS DE ITAIACOCA

Durante os dias 20 e 24 de março, o grupo de pesquisa e extensão INTERCONEXÕES dedicou-se a debater os Sistemas Agroflorestais a serem implantados nas comunidades rurais tradicionais de Sete Saltos de Cima e Palmital dos Pretos, localizadas em Itaiacoca e Campo Largo, Paraná.


A vinda da Dra. Margit Hauer (IAP), marcou o inicio da Oficina no Bloco L da UEPG. A oficina tratou de elaborar critérios agroflorestais para o plantio de mudas de árvores nativas nos estabelecimentos agrícolas envolvidos no projeto de pesquisa financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) "Das Territorialidades  Tradicionais às Territorializações da Agroecologiasaberes, práticas e políticas de natureza em três comunidades rurais paranaense¨, sob coordenação do prof. Dr. Nicolas Floriani (UEPG).







O referido projeto, objetiva averiguar como ocorreria (quais dimensões e variáveis  socioambientais) o processo de adoção (ou não) de um sistema de produção Agroflorestal  por comunidades rural tradicionais, tendo em vista o processo histórico de formação desses grupos, que possuem particularidades culturais, como por exemplo algumas práticas sociais e ecológicas alternativas que envolvem o manejo coletivo da floresta e o mutirão para atividades festivas e produtivas. O projeto conta, além da própria UEPG, com parceiros institucionais como  a  Casa Altino-Americana (CASLA), o instituto Ambiental do Paraná (IAP), o Ministério Público do Paraná (CAOPMA) e as Associações de Moradores do Faxinal Sete Saltos de Baixo, Associação de Moradores da Comunidade Remanescente de Quilombolas do Palmital dos Pretos, a  Associação Solidária da Agricultura Ecológica de Ponta Grossa e Região (ASAECO).






Com base em um cadastro ambiental georreferenciado de cada propriedade beneficiária, e no intuito de averiguar a preferência de cada proprietário(a) por determinadas espécies arbóreas nativas, foram elaborados modelos de distribuição espacial das mudas por parcela, levando-se em consideração as características ecológicas de cada planta: 'adubadeiras' pioneiras (leguminosas),  pioneiras com vocação para lenha e frutíferas de estágio sucessional avançado. 




O Sistema Agroflorestal sugerido seguiu o plantio das mudas em curvas de nível, respeitando-se um espaçamento de 3m (na linha) x 4m (entre linhas), onde serão realizados plantios de grãos e tubérculos selecionados pelos próprios agricultore(a)s, tomando-se por referência a agrobiodiversidade regional, cujo inventário também está sendo realizado pelo grupo Interconexões em parceria com as Comunidades envolvidas.







Os dias 23 e 24 de março foram dedicados ao mutirão de plantio de mudas em duas das dez propriedades beneficiarias do projeto. A equipe acadêmica foi constituída por discentes da UEPG (Tanize Tomasi, pós-doutoranda, Renato Pereira, doutorando, do Programa de Pós-graduação em Geografia; as graduandas dos cursos de Geografia, Ingrid Zambillo e Vanessa Pretto, Biologia) em conjunto com os moradores das comunidades (Benjamin e Maria Marques Vieira de Sete Saltos de Cima; Adal Machado e Arildo Portela CRQ Palmital dos Pretos). Ademais do plantio, coleta de amostras de solo também foram realizadas.









Esse projeto, assim como o projeto "Sistema Participativo de Certificação Socioambiental da Agrofloresta Faxinalense: da diferenciação à qualificação dos produtos de comunidades rurais tradicionais do Paraná.”, aprovado pela SETI – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em execução pela IESol, através do Programa Universidade Sem Fronteiras, fazem parte do conjunto de ações do Grupo Interconexões e da REDE CASLA-CEPIAL e que vão ao encontro da ideia de uma Universidade Plural e Socialmente Pertinente que responda às demandas da sociedade, principalmente de grupos em situação de vulnerabilidade socioambiental. 





Nesse sentido, o Grupo Interconexões tem buscado dedicar-se à pesquisa e extensão buscando estabelecer parcerias com organizações sociais e setores progressistas do poder público, preocupados com a garantia dos direitos socioterritoriais, bem como alternativas participativas de geração de renda e valorização de tecnologias sociais. 



Ponta Grossa, 25 de Março de 2019
Nicolas Floriani 

Pesquisa financia Estufa de hortaliças e árvores nativas em comunidades tradicionais e rurais de Ponta Grossa e Campo Largo – PR

Grupo de Pesquisa Interconexões-UEPG, coordenado pelo Prof. Dr. Nicolas Floriani, docente do departamento de Geografia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, iniciou no dia 10 de fevereiro a implantação de uma Estufa de hortaliças e árvores nativas, financiada pelo CNPq, em parceria com UEPG, IAP, CASLA e ASAECO, para os integrantes da Rede SAPE.



A Estufa de hortaliças e árvores nativas é parte da estruturação criada para que os integrantes da Rede SAPE possam ter acesso  à mudas de hortaliças orgânicas e árvores nativas, mantendo práticas agroecológicas de produção com a implementação e/ou melhoramento de Sistemas Agroflorestais e Quintais Agroecológicos. 


A Rede SAPE é uma articulação que surge da dinâmica existente entre os fluxos dos moradores da Comunidade Quilombola Palmital dos Pretos, em Campo Largo-PR, e Comunidade Sete Saltos de Cima, em Ponta Grossa-PR gestado a partir das atividades do Projeto de Pesquisa e das pesquisas acadêmicas desenvolvidas por integrantes do Grupo de Pequisa Interconexões-UEPG, Prof.ª Drª Tanize Tomasi (Estágio Pós-Doutoral) e Prof. Ms. Renato Pereira (Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UEPG).

A Estufa de hortaliças e árvores nativas é parte da estruturação criada para que os integrantes da Rede SAPE possam ter acesso  à mudas de hortaliças orgânicas e árvores nativas, mantendo práticas agroecológicas de produção com a implementação e/ou melhoramento de Sistemas Agroflorestais e Quintais Agroecológicos. 


Para a montagem da Estufa o GPI-UEPG tem estimulado a prática dos mutirões, permitindo que os integrantes da Rede SAPE sintam-se parte de ações em prol da sua organização, que os saberes e práticas tradicionais estejam nas práticas agroecológicas e haja uma interação entre a academia e os sujeitos das comunidades. As atividades de montagem seguem nos próximos dias com a parceria do morador Antônio, que possibilitou área na sua propriedade para o recebimento da Estufa.